sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Quinta foi um dia mais feliz que Sexta

Até que ponto o teu medo vai ser maior que a tua vontade?
Então eu esqueci de sentir culpas, as vontades estavam à flor da pele, não pude conter os passos que levavam em direção à outra órbita. À órbita boa.
É carência, é vontade, e cada vez que vejo o brilho dos teus olhos, não preciso admirar o pôr-do-sol, nem correr pelas estrelas para sentir-me inteiro.
Voltei naquela esquina, onde as rosas foram deixadas levemente, timidamente, um poema mal escrito, na hora, no fulgor. Agora eu volto. Um tempo depois, mas o tempo não passou, ou já?
Na esquina, ninguém. Nem em casa, nem em lugar algum. Eu não iria lhe incomodar, não dessa vez. A esquina ainda tinha aquele ar mágico e trágico, lá circula mais do que nostalgia, circula amor, ou pe-da-ços dele.
Descendo a rua, os olhos cansados e repleto de cores, cores mágicas, auras.
A rua também era mágica, tudo que havia nela. Passei pelos caminhos que a gente fazia, nós três, e quando o tempo fechava, onde a gente se escondia, onde eu ia parar. Parei nos teus braços. Mas eu não ia incomodar.
Tudo o que eu falei foi dito com uma lágrima e o já não mais frio, mas inverno-na-barriga.
E não foi preciso dizer nada. Como o silêncio é preciso. Precioso.
A vontade era de te ver, o medo me deu.

Nenhum comentário:

Postar um comentário